"Vou à Bahia porque, se alguém fez o impossível para eu sair do país, foi Dado Galvão. Desde que filmou uma entrevista comigo em Havana, ele tem sido incansável. Mesmo quando me faltava esperança, ele a mantinha" YOANI SÁNCHEZ - FOLHA DE SÃO PAULO

Resposta do ex-senador Eduardo Suplicy, vereador da cidade de São Paulo, enviada ao Cardeal Dom Odilo Scherer.

Agradecemos ao ex-senador e ex-governador do Rio Grande do Sul, Pedro Simon, cidadão do MERCOSUL, pela presteza, vitalidade democrática, espírito de cidadania exercitado na prática republicana, encaminhado a carta da Missão Ushuaia, destinada ao Papa Francisco, aos cuidados do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de São Paulo.

Na realidade, estamos todos no mesmo barco e somos chamados a empenhar-nos para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais os outros, mas só um nós, do tamanho da humanidade inteira.

Hoje, a Igreja é chamada a sair pelas estradas das periferias existenciais para cuidar de quem está ferido e procurar quem anda extraviado, sem preconceitos nem medo, sem proselitismo, mas pronta a ampliar a sua tenda para acolher a todos. (PAPA FRANCISCO, 107º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado)


15 de abril de 2022.
MissaoUshuaia.org

Missão Ushuaia no Parlamento de Ponta a Ponta - Rádio da Assembleia Legislativa de Roraima.

A jornalista Ellen Ferreira, apresentadora do programa Parlamento de Ponta a Ponta, que vai ao ar na Rádio da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (98.3 FM), entrevista o documentarista baiano Dado Galvão, idealizador da Missão Ushuaia, Venezuela, de cunho cultural e humanitária, na pauta, carta convite enviada ao Papa Francisco, para que realize uma viagem missionária ao Estado de Roraima, porta de entrada da diáspora venezuelana no Brasil.

 

Abril/2022 MissaoUshuaia.org

Cineasta pede vinda do Papa ao Brasil para ajudar refugiados.

Idealizado em 2015 pelo cineasta baiano Dado Galvão, o documentário Missão Ushuaia, fala sobre a crise econômica na Venezuela, e especialmente, como as consequências sociais afetaram o país latino. Em contato direto com vários venezuelanos que deixaram o país, Dado está tentando entrar em contato com o Papa Francisco, para que a Vossa Santidade possa vir ao Brasil ajudar os refugiados latinos.

Em entrevista ao Correio, Dado explicou que a presença do Papa trará "esperança, luz e visibilidade catequética, pedagógica, diante de tanto sofrimento". Segundo ele, é preciso uma grande mobilização para que a crise migratória que afeta a Venezuela não seja esquecida. "Porém, existe muita omissão, vista grossa por conta de ideologias políticas, quando, na verdade, estamos mirando para uma questão de humanidade", explicou ele. 
 
 

Carta resposta do ex-senador Eduardo Suplicy, vereador da cidade de São Paulo, enviada ao Cardeal Dom Odilo Scherer.

Agradecemos ao democrata e cidadão do MERCOSUL, Eduardo Suplicy, pelo espírito e vitalidade democrática exercitado na prática, encaminhado a carta da Missão Ushuaia, destinada ao Papa Francisco, aos cuidados do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de São Paulo.

“Somos chamados a sonhar juntos. Não devemos ter medo de sonhar e de o fazermos juntos como uma única humanidade, como companheiros da mesma viagem, como filhos e filhas desta mesma terra que é a nossa Casa Comum, todos irmãs e irmãos". (Papa Francisco, na mensagem para o 107º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado).

25 de março de 2022.
MissaoUshuaia.org

Dado Galvão enviou cartas a autoridades brasileiras pedindo apoio na mobilização que ocorre por conta do medo que a crise venezuelana caia no esquecimento. Roraima é porta de entrada para migrantes que fogem da crise na Venezuela.

"Milhares de irmãos e irmãs venezuelanos (as) vagam por vários países latino-americanos, fugindo da fome, miséria, opressão, em busca da dignidade humana, estão presentes nas calçadas, albergues, estradas, debaixo das pontes, no cárcere, de grandes e pequenas cidades, são crianças, jovens, idosos e indígenas", cita trecho da carta. (Leia mais no link)  https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2022/03/23/cineasta-que-se-vestiu-de-padre-para-filmar-documentario-na-venezuela-faz-mobilizacao-para-que-papa-visite-roraima.ghtml
 

Carta resposta do bispo católico da Diocese de Jequié - Bahia, Dom Paulo Romeu Dantas Bastos.

Nossa gratidão ao bispo católico da Diocese de Jequié - Bahia, Dom Paulo Romeu Dantas Bastos, pelo serviço de fé, prática do Bom Pastor que promove esperança em tempos de muita confusão e dor.

"Os migrantes e os refugiados (…) não chegam de mãos vazias: trazem uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros das suas culturas nativas, e deste modo enriquecem a vida das nações que os acolhem." (PAPA FRANCISCO)
 
17 de março de 2022
MissaoUshuaia.org

Ativista se disfarçou de padre para ir à Venezuela e quer Papa em Roraima.

Dado Galvão é um documentarista de Jequié (BA) que dedica sua carreira a questões latino-americanas. Ele resolveu fazer um documentário sobre a Venezuela e, para conseguir entrar no país de onde tanta gente foge, precisou se vestir de padre. A camisa clerical serviu de disfarce para enganar o regime, gravar vídeos com a população, opositores do ditador Nicolás Maduro e até com o autoproclamado presidente Juan Guaidó. Mas o fato é que o documentário de Dado está enrolado. (LEIA MAIS NO LINK) https://www.roraima1.com.br/2022/03/15/ativista-se-disfarcou-de-padre-para-ir-a-venezuela-e-quer-papa-em-roraima/ 

Roraima 1, março/2022

Ativista se disfarçou de padre para ir à Venezuela e quer Papa na fronteira.

"Para tentar convencer o chefe da Igreja Católica a viajar 8,5 mil quilômetros entre o Vaticano e Roraima, Dado tem escrito cartas a todas as pessoas influentes com quem já cruzou — e mais algumas que nunca viu na vida. A lista inclui 28 personalidades":... - Veja mais em: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2022/03/12/ativista-que-se-vestiu-de-padre-para-ir-a-venezuela-quer-papa-na-fronteira.htm
 

Podcast Hora de Notícias/Jequié Repórter, convidado: Dado Galvão

 
 
O jornalista Wilson Novaes apresenta no Hora de Notícias do Blog Jequié Repórter/TVWeb destacou nesta segunda-feira (13), os principais assuntos do momento, tendo como convidado o documentarista Dado Galvão contando com a participação especial do professor Toinho de Miquilino.
 

Uma câmera na mão, uma ideia na cabeça e uma missão a celebrar!

 

O Cineasta Dado Galvão é o entrevistado de hoje do programa Talentos da Nossa Gente e vai falar sobre suas produções e os desafios para conseguir retratar a vida e os acontecimentos por meio das lentes de sua câmera.

Conteúdo TV Jequié, nov/21

Seres humanos são INUMERÁVEIS!


Diante das mazelas sociais e econômicas visivelmente escancaradas pela Pandemia no Brasil, é necessário e muito importante reafirmar. Não $omo$ Apena$ Número$, Somos Seres Humanos. INUMERÁVEIS! 

Para nossa reflexão, assista ao vídeo minuto do documentarista Dado Galvão, realizado com a participação voluntariaria dos frequentadores do Centro de Abastecimento Vicente Grilo de Jequié - Bahia.

 

maio/2020

Troféu Quarentena Festival Permanente do Minuto: “Urbi et Orbi”. (“À cidade de Roma e ao mundo”).

Papa Francisco no dia 27 de março de 2020, com a Praça de São Pedro vazia

“Urbi et Orbi” significa (“à cidade de Roma e ao mundo”). Esse é o nome do vídeo minuto do documentarista Dado Galvão, que concorre ao Troféu Minuto Quarentena do Festival Internacional Permanente do Minuto.

O vídeo de um minuto de duração tem linguagem documental, com uma mensagem de fé ecumênica e esperança, inspirado na Bênção extraordinária Urbi et Orbi, concedida pelo Papa Francisco no dia 27 de março de 2020, com a Praça de São Pedro vazia, devido à atual pandemia de coronavírus (COVID-19). Todos os anos, o rito é celebrado no dia de Natal e no dia da Páscoa, as maiores festas cristãs. Além dessas datas, a bênção é concedida no dia da eleição de um novo Papa, logo após o resultado do Conclave.

Em 2016, Galvão foi premiado pelo Festival do Minuto em parceria com a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), com o vídeo "Ninguém fica defora"/ "Nobody left outside".

O nome dos vencedores do Troféu Minuto Quarentena será divulgado em agosto de 2020.


abril/20

Nossa colaboração em forma de reflexão para SIGNIS: Uma Igrej@ eletrônica em dias de coronavírus.


abril/20

MERCOSUL: Venezuela, refugiados, democracia

No exercício da cidadania MERCOSUL, perguntei ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, na audiência pública realizada (5/3) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal. 

1- Como está sendo tratada pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL a diáspora de refugiados venezuelanos? 

2- O presidente Guaidó também é reconhecido pelo bloco?


Nesta semana completaram-se 10 anos da morte de Zilda Arns no Haiti.


A igreja Católica é reconhecida, inclusive por boa parte dos seus detratores, como uma das instituições que mais agem no planeta para combater a fome, particularmente entre as crianças. Além de instituições como a Cáritas, com presença mundial, e congregações religiosas integralmente dedicadas ao cuidado dos mais necessitados por amor a Deus, como as Missionárias da Caridade de Santa Teresa de Calcutá, um dos exemplos mais conhecidos mundo afora vem do Brasil: a Pastoral da Criança, fundada pela médica sanitarista católica Zilda Arns Neumann. As iniciativas dirigidas pela irmã do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, falecida em 2010 durante o histórico terremoto que devastou o Haiti, foram responsáveis por uma redução drástica da mortalidade infantil em todas as áreas onde foram implantadas – usando com eficiência um mínimo de verba e recorrendo a meios muito simples, acessíveis e efetivos, como a multimistura e o soro caseiro.

Neste mês, a trágica morte da médica, pediatra e sanitarista que dedicou a vida às crianças e aos mais pobres completou já 10 anos. 

*Foto: A médica, pediatra e sanitarista católica, fundadora da Pastoral da Criança, morreu no terremoto que devastou o Haiti em 2010. Zilda Arns esteve em Jequié/Bahia, em 26 de março de 2009, para o lançamento do documentário A Grande Moeda, produzido pelo documentarista Dado Galvão. O filme tem participação especial da pediatra missionária e mostra o cotidiano dos voluntários da Pastoral da Pastoral da Criança em cidades da Diocese de Jequié.

O terremoto de 7 graus na escala Richter, que praticamente destruiu o Haiti, aconteceu no dia 12 de janeiro de 2010, por volta das 17h locais (20h no Brasil). Dona Zilda estava na escada de acesso ao segundo andar de um prédio de formação pastoral da Igreja em Porto Príncipe, a capital haitiana. 

E ela estava lá justamente porque prolongou o tempo inicialmente previsto para atender as pessoas no local. Sua palestra deveria ter acabado às 16h30, mas se estendeu porque dezenas de religiosos presentes continuaram apresentando perguntas sobre como iniciar os trabalhos de combate à desnutrição infantil por meio da Pastoral da Criança. Era para isso, aliás, que dona Zilda estava no mais pobre dos países das Américas naquele dia. Mesmo após a sessão extra de perguntas, ela ainda permaneceu no terceiro andar do prédio para atender individualmente alguns padres que queriam mais informações e intercâmbios de experiências. 

Quando finalmente estava prestes a sair, acompanhada pela irmã Rosângela Altoé e pelo pe. Willian, coordenador do centro de formação, o abalo sísmico a fez perder o equilíbrio quando já se dirigia às escadas. 

O corpo de dona Zilda Arns Neumann foi encontrado na manhã seguinte graças à ajuda direta do pe. Willian, que, mesmo sob choque, pôde apontar o local exato em que ela estava no momento da tragédia. Foram os soldados brasileiros em missão de paz no Haiti que descobriram os pés da médica ao retirarem escombros do local. 

Ao saber da morte da irmã, o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, que fora arcebispo de São Paulo de 1970 a 1998 e que faleceria em dezembro de 2016, declarou que, quanto mais refletia sobre o exemplo de Zilda em seu trabalho pelas crianças e pelas mães pobres, mais constatava que “a esperança nasce com a pessoa humana e se realiza plenamente no Deus-Criador. Sinto que foi e é esse o sentido da vida e ação da doutora Zilda“. 

Dona Zilda Arns teve seis filhos e dez netos. Ela acabou sendo também a “mãe” de um dos netos, Danilo, depois que a mãe dele e filha dela, Silvia Arns, morreu num acidente de carro em 2003.


O Supermercado Brasil e a Casa Comum.


Na Semana de Oração pela Unidade Cristã - SOUC, nossa colaboração em forma de reflexão, partilhada pelo CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs. O Supermercado Brasil e a Casa Comum. Leia aqui no link: https://conic.org.br/portal/conic/noticias/refletindo-sobre-a-souc-o-supermercado-brasil-e-a-casa-comum

Rodas da Liberdade


A história de superação da pedagoga e cadeirante Andréa Correa, que mora no município de Jequié, no centro-sul baiano, é retratada no documentário ‘Rodas da Liberdade’, dirigido pelo cineasta baiano Dado Galvão. 
“Nasci com uma deficiência chamada osteogênese imperfeita, caracterizada por ossos frágeis, conhecida como ossos de vidro. Desde criança, tive muita dificuldade de locomoção, não só por não conseguir andar, como também pelos problemas impostos pela própria deficiência. Devido à fragilidade óssea, era necessário muito cuidado para me locomover”, relata a protagonista de “Rodas da Liberdade”. 

Segundo Galvão, o documentário é uma reflexão sobre determinação, superação, coragem, inclusão, trânsito, mobilidade e bicicletas. 

“Foi em uma cotidiana pedalada noturna pelas ruas de Jequié, que o documentarista e ciclista Dado Galvão, conheceu a pedagoga. Da abordagem feita no trânsito, para tirar uma foto, nasceu Rodas da Liberdade”, lembra o cineasta.

Veja o documentário


BNews, maio de 2019 

Uma ditadura ao norte do Brasil, por que o silêncio?

Na Foto: Miguel Blanco, venezuelano, 28 anos. 
Fotografou: Álvaro Ybarra Zavala, ABC/internacional

Intelectuais brasileiros, autoproclamados “progressistas”, artistas humanitários, veneradores da propensa divindade-alma mais santa do Brasil, donos do monopólio da defesa dos pobres e oprimidos. Mirem ao norte do Brasil, queremos saber o que pensa vocês, por favor, só não vale repetir o velho e vencido discurso, é culpa do império! Estão de olho no petróleo! Conspiração da CIA! Invenção da mídia golpista! etc...


Abril/2019 www.DadoGalvao.org

Missão Ushuaia, Venezuela: Bandeira assinada vira símbolo da resistência à ditadura Maduro.


Assinaram a bandeira o então deputado Juan Guaidó, hoje presidente encarregado da Venezuela, Leopoldo López (preso politico), Lilian Tintori, Maria Corina Machado, refugiados venezuelanos que vivem no estado da Bahia e no Uruguai, parlamentares do Mercosul, e até mesmo o sambista Martinho da Vila.  (continue lendo) 



Dias 1 e 2 de maio, a bandeira abaixo-assinado do Mercosul, será levada para Boa vista e Pacaraima, no estado de Roraima, onde refugiados e migrantes venezuelanos poderão deixar sua mensagem na bandeira. (Continue lendo)

www.MissaoUshuaia.org  março/2019.

O legado: memórias de um passado presente, Brasil-Venezuela.

Dado Galvão, Pacaraima/RR, fronteira Brasil-Venezuela, maio/2018, gravações para documentário e entrega de cartas para refugiados venezuelanos. Foto: Arlen Cezar/Missão Ushuaia, Venezuela.




25 de fevereiro de 2019

Vídeo-minuto de Dado Galvão, inspirado na mensagem do Papa Francisco sobre Fake News (Notícias Falsas).

 
"A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32). 
Fake News e jornalismo de paz

Queridos irmãos e irmãs!


No projeto de Deus, a comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão. Imagem e semelhança do Criador, o ser humano é capaz de expressar e compartilhar o verdadeiro, o bom e o belo. É capaz de narrar a sua própria experiência e o mundo, construindo assim a memória e a compreensão dos acontecimentos. Mas, se orgulhosamente seguir o seu egoísmo, o homem pode usar de modo distorcido a própria faculdade de comunicar, como o atestam, já nos primórdios, os episódios bíblicos dos irmãos Caim e Abel e da Torre de Babel (cf. Gn 4, 1-16; 11, 1-9). Sintoma típico de tal distorção é a alteração da verdade, tanto no plano individual como no coletivo. Se, pelo contrário, se mantiver fiel ao projeto de Deus, a comunicação torna-se lugar para exprimir a própria responsabilidade na busca da verdade e na construção do bem. Hoje, no contexto duma comunicação cada vez mais rápida e dentro dum sistema digital, assistimos ao fenómeno das «notícias falsas», as chamadas fake news: isto convida-nos a refletir, sugerindo-me dedicar esta Mensagem ao tema da verdade, como aliás já mais vezes o fizeram os meus predecessores a começar por Paulo VI (cf. Mensagem de 1972: "Os instrumentos de comunicação social ao serviço da Verdade"). Gostaria, assim, de contribuir para o esforço comum de prevenir a difusão das notícias falsas e para redescobrir o valor da profissão jornalística e a responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade.


1. Que há de falso nas notícias falsas?

A expressão fake news é objeto de discussão e debate. Geralmente diz respeito à desinformação transmitida on-line ou nos mass-media tradicionais. Assim, a referida expressão alude a informações infundadas, baseadas em dados inexistentes ou distorcidos, tendentes a enganar e até manipular o destinatário. A sua divulgação pode visar objetivos prefixados, influenciar opções políticas e favorecer lucros econômicos.

A eficácia das fake news fica-se a dever, em primeiro lugar, à sua natureza mimética, ou seja, à capacidade de se apresentar como plausíveis. Falsas mas verossímeis, tais notícias são capciosas, no sentido que se mostram hábeis a capturar a atenção dos destinatários, apoiando-se sobre estereótipos e preconceitos generalizados no seio dum certo tecido social, explorando emoções imediatas e fáceis de suscitar como a ansiedade, o desprezo, a ira e a frustração. A sua difusão pode contar com um uso manipulador das redes sociais e das lógicas que subjazem ao seu funcionamento: assim os conteúdos, embora desprovidos de fundamento, ganham tal visibilidade que os próprios desmentidos categorizados dificilmente conseguem circunscrever os seus danos.

A dificuldade em desvendar e erradicar as fake news é devida também ao facto de as pessoas interagirem muitas vezes dentro de ambientes digitais homogêneos e impermeáveis a perspetivas e opiniões divergentes. Esta lógica da desinformação tem êxito, porque, em vez de haver um confronto sadio com outras fontes de informação (que poderia colocar positivamente em discussão os preconceitos e abrir para um diálogo construtivo), corre-se o risco de se tornar atores involuntários na difusão de opiniões tendenciosas e infundadas. O drama da desinformação é o descrédito do outro, a sua representação como inimigo, chegando-se a uma demonização que pode fomentar conflitos. Deste modo, as notícias falsas revelam a presença de atitudes simultaneamente intolerantes e hipersensíveis, cujo único resultado é o risco de se dilatar a arrogância e o ódio. É a isto que leva, em última análise, a falsidade.

2. Como podemos reconhecê-las?

Nenhum de nós se pode eximir da responsabilidade de contrastar estas falsidades. Não é tarefa fácil, porque a desinformação se baseia muitas vezes sobre discursos variegados, deliberadamente evasivos e subtilmente enganadores, valendo-se por vezes de mecanismos refinados. Por isso, são louváveis as iniciativas educativas que permitem apreender como ler e avaliar o contexto comunicativo, ensinando a não ser divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores do seu desvendamento. Igualmente louváveis são as iniciativas institucionais e jurídicas empenhadas na definição de normativas que visam circunscrever o fenómeno, e ainda iniciativas, como as empreendidas pelas tech e media company, idóneas para definir novos critérios capazes de verificar as identidades pessoais que se escondem por detrás de milhões de perfis digitais.

Mas a prevenção e identificação dos mecanismos da desinformação requerem também um discernimento profundo e cuidadoso. Com efeito, é preciso desmascarar uma lógica, que se poderia definir como a "lógica da serpente", capaz de se camuflar e morder em qualquer lugar. Trata-se da estratégia utilizada pela serpente – "o mais astuto de todos os animais", como diz o livro do Génesis (cf. 3, 1-15) – a qual se tornou, nos primórdios da humanidade, artífice da primeira fake news, que levou às trágicas consequências do pecado, concretizadas depois no primeiro fratricídio (cf. Gn 4) e em inúmeras outras formas de mal contra Deus, o próximo, a sociedade e a criação. A estratégia deste habilidoso "pai da mentira" (Jo 8, 44) é precisamente a mimese, uma rastejante e perigosa sedução que abre caminho no coração do homem com argumentações falsas e aliciantes. De facto, na narração do pecado original, o tentador aproxima-se da mulher, fingindo ser seu amigo e interessar-se pelo seu bem. Começa o diálogo com uma afirmação verdadeira, mas só em parte: "É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?" (Gn 3, 1). Na realidade, o que Deus dissera a Adão não foi que não comesse de nenhuma árvore, mas apenas de uma árvore: "Não comas o [fruto] da árvore do conhecimento do bem e do mal" (Gn 2, 17). Retorquindo, a mulher explica isso mesmo à serpente, mas deixa-se atrair pela sua provocação: "Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Nunca o deveis comer nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis” (Gn 3, 2-3). Esta resposta tem sabor a legalismo e pessimismo: dando crédito ao falsário e deixando-se atrair pela sua apresentação dos factos, a mulher extravia-se. Em primeiro lugar, dá ouvidos à sua réplica tranquilizadora: "Não, não morrereis" (3, 4). Depois a argumentação do tentador assume uma aparência credível: "Deus sabe que, no dia em que comerdes [desse fruto], abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal" (3, 5). Enfim, ela chega a desconfiar da recomendação paterna de Deus, que tinha em vista o seu bem, para seguir o aliciamento sedutor do inimigo: "Vendo a mulher que o fruto devia ser bom para comer, pois era de atraente aspeto (…) agarrou do fruto, comeu" (3, 6). Este episódio bíblico revela assim um facto essencial para o nosso tema: nenhuma desinformação é inofensiva; antes pelo contrário, fiar-se daquilo que é falso produz consequências nefastas. Mesmo uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos.

De facto, está em jogo a nossa avidez. As fake news tornam-se frequentemente virais, ou seja, propagam-se com grande rapidez e de forma dificilmente controlável, não tanto pela lógica de partilha que carateriza os meios de comunicação social como sobretudo pelo fascínio que detêm sobre a avidez insaciável que facilmente se acende no ser humano. As próprias motivações económicas e oportunistas da desinformação têm a sua raiz na sede de poder, ter e gozar, que, em última instância, nos torna vítimas de um embuste muito mais trágico do que cada uma das suas manifestações: o embuste do mal, que se move de falsidade em falsidade para nos roubar a liberdade do coração. Por isso mesmo, educar para a verdade significa ensinar a discernir, a avaliar e ponderar os desejos e as inclinações que se movem dentro de nós, para não nos encontrarmos despojados do bem «mordendo a isca» em cada tentação.

3. "A verdade vos tornará livres" (Jo 8, 32)

De facto, a contaminação contínua por uma linguagem enganadora acaba por ofuscar o íntimo da pessoa. Dostoevskij deixou escrito algo de notável neste sentido: "Quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a pontos de já não poder distinguir a verdade dentro de si mesmo nem ao seu redor, e assim começa a deixar de ter estima de si mesmo e dos outros. Depois, dado que já não tem estima de ninguém, cessa também de amar, e então na falta de amor, para se sentir ocupado e distrair, abandona-se às paixões e aos prazeres triviais e, por culpa dos seus vícios, torna-se como uma besta; e tudo isso deriva do mentir contínuo aos outros e a si mesmo" (Os irmãos Karamazov, II, 2).

E então como defender-nos? O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se purificar pela verdade. Na visão cristã, a verdade não é uma realidade apenas conceptual, que diz respeito ao juízo sobre as coisas, definindo-as verdadeiras ou falsas. A verdade não é apenas trazer à luz coisas obscuras, "desvendar a realidade", como faz pensar o termo que a designa em grego: aletheia, de a-lethès, "ão escondido". A verdade tem a ver com a vida inteira. Na Bíblia, reúne os significados de apoio, solidez, confiança, como sugere a raiz ‘aman (daqui provém o próprio Amen litúrgico). A verdade é aquilo sobre o qual nos podemos apoiar para não cair. Neste sentido relacional, o único verdadeiramente fiável e digno de confiança sobre o qual se pode contar, ou seja, o único "verdadeiro" é o Deus vivo. Eis a afirmação de Jesus: "Eu sou a verdade" (Jo 14, 6). Sendo assim, o homem descobre sempre mais a verdade, quando a experimenta em si mesmo como fidelidade e fiabilidade de quem o ama. Só isto liberta o homem: "A verdade vos tornará livres" (Jo 8, 32).

Libertação da falsidade e busca do relacionamento: eis aqui os dois ingredientes que não podem faltar, para que as nossas palavras e os nossos gestos sejam verdadeiros, autênticos e fiáveis. Para discernir a verdade, é preciso examinar aquilo que favorece a comunhão e promove o bem e aquilo que, ao invés, tende a isolar, dividir e contrapor. Por isso, a verdade não se alcança autenticamente quando é imposta como algo de extrínseco e impessoal; mas brota de relações livres entre as pessoas, na escuta recíproca. Além disso, não se acaba jamais de procurar a verdade, porque algo de falso sempre se pode insinuar, mesmo ao dizer coisas verdadeiras. De facto, uma argumentação impecável pode basear-se em factos inegáveis, mas, se for usada para ferir o outro e desacreditá-lo à vista alheia, por mais justa que apareça, não é habitada pela verdade. A partir dos frutos, podemos distinguir a verdade dos vários enunciados: se suscitam polémica, fomentam divisões, infundem resignação ou se, em vez disso, levam a uma reflexão consciente e madura, ao diálogo construtivo, a uma profícua atividade.

4. A paz é a verdadeira notícia

O melhor antídoto contra as falsidades não são as estratégias, mas as pessoas: pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga dum diálogo sincero, deixam emergir a verdade; pessoas que, atraídas pelo bem, se mostram responsáveis no uso da linguagem. Se a via de saída da difusão da desinformação é a responsabilidade, particularmente envolvido está quem, por profissão, é obrigado a ser responsável ao informar, ou seja, o jornalista, guardião das notícias. No mundo atual, ele não desempenha apenas uma profissão, mas uma verdadeira e própria missão. No meio do frenesim das notícias e na voragem dos scoop, tem o dever de lembrar que, no centro da notícia, não estão a velocidade em comunicá-la nem o impacto sobre a audience, mas as pessoas. Informar é formar, é lidar com a vida das pessoas. Por isso, a precisão das fontes e a custódia da comunicação são verdadeiros e próprios processos de desenvolvimento do bem, que geram confiança e abrem vias de comunhão e de paz.

Por isso desejo convidar a que se promova um jornalismo de paz, sem entender, com esta expressão, um jornalismo "bonzinho", que negue a existência de problemas graves e assuma tons melífluos. Pelo contrário, penso num jornalismo sem fingimentos, hostil às falsidades, a slogans sensacionais e a declarações bombásticas; um jornalismo feito por pessoas para as pessoas e considerado como serviço a todas as pessoas, especialmente àquelas – e no mundo, são a maioria – que não têm voz; um jornalismo que não se limite a queimar notícias, mas se comprometa na busca das causas reais dos conflitos, para favorecer a sua compreensão das raízes e a sua superação através do aviamento de processos virtuosos; um jornalismo empenhado a indicar soluções alternativas às escaladas do clamor e da violência verbal.

Por isso, inspirando-nos numa conhecida oração franciscana, poderemos dirigir-nos, à Verdade em pessoa, nestes termos:

Senhor, fazei de nós instrumentos da vossa paz. Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não cria comunhão. Tornai-nos capazes de tirar o veneno dos nossos juízos. Ajudai-nos a falar dos outros como de irmãos e irmãs. Vós sois fiel e digno de confiança; fazei que as nossas palavras sejam sementes de bem para o mundo: onde houver rumor, fazei que pratiquemos a escuta;onde houver confusão, fazei que inspiremos harmonia; onde houver ambiguidade, fazei que levemos clareza; onde houver exclusão, fazei que levemos partilha; onde houver sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade; onde houver superficialidade, fazei que ponhamos interrogativos verdadeiros; onde houver preconceitos, fazei que despertemos confiança; onde houver agressividade, fazei que levemos respeito;onde houver falsidade, fazei que levemos verdade. Ámen.

Vídeo-minuto, Babel, de Dado Galvão, foi inspirado na mensagem do Papa Francisco para o LII Dia Mundial das Comunicações, contou com a participação voluntária de frequentadores da feira livre de Jequié, no sudoeste baiano.



Missão Ushuaia: #refugiados #natal #tvsudoeste #redebahia #solidariedade


Assim seja! Aos amigos (as) da TV Sudoeste (Rede Bahia) Judson Almeida, Diego Ribeiro, familiares e amigos, natal de luz. 2019 de paz e bem! São os votos renovados de todos (as) nós que fazemos a Missão Ushuaia, Venezuela. Saiba mais sobre Missão Ushuaia: www.MissaoUshuaia.org 

Dez/2018.

Senador Roger Pinto Molina.

Senador Roger Pinto, entrevista para o documentário Missão Bolívia de Dado Galvão. 

"Na manhã do dia 16 de agosto completará um ano do falecimento de Roger Pinto Molina em Brasília, após o acidente aéreo ocorrido com o modelo experimental de ultraleve, e sua permanência no Hospital de Base até sua morte. 

Sua família está no Acre, morando no Brasil, enquanto perdura o exílio e a condição de família de exilados do governo Evo Morales, mesmo morando ao lado de Cobija, capital do Departamento de Pando, onde ele foi Governador. 

Suas cinzas ainda não puderam ser depositados no mausoléu da família em Cobija, no cemitério local boliviano. 

Não obtiveram autorização do governo regional e nem Nacional. 

É a parte nefasta de qualquer regime autoritário, como é o caso da Bolívia e o da Venezuela. 

Perde-se a Humanidade. 

Fica o horror do autoritarismo. 

Em memória de Roger Pinto Molina, nosso amigo". 

Amauri Escudeiro.


Agosto de 2018.

TV Educativa mostra documentário sobre o senador boliviano Roger Pinto Molina.


Quinta-feira (16 de agosto) às (9 hs, com reprise às 22 hs), a TV Educativa do Paraná (canal 9 em Curitiba, 40 em Londrina, além de rede satélite, parabólica comum e internet) transmitirá o documentário "Missão Bolívia" que conta a história do exílio e saída do senador Roger Pinto Molina da Embaixada brasileira em La Paz, após 454 dias retido pelo governo mui amigo de Evo Morales.

A fuga é contada pelo cineasta baiano Dado Galvão que entrevistou os principais personagens envolvidos - os diplomatas Marcel Biato e Eduardo Saboia e o senador Roger Molina. 

A difusão do filme acontece no dia em que se completa um ano da morte dele em Brasília, após um acidente aéreo.


Informações sobre o documentário em: www.MissaoBolivia.com

agosto de 2018

Atividades da Missão Ushuaia, Venezuela.

 
Entre os mastro das bandeiras do Brasil e Venezuela na cidade de Pacaraima/RR, no marco da fronteira entre os dois países, um varal de cartas montado pela Missão Ushuaia, o documentarista Dado Galvão, registra refugiadas venezuelanas (mãe e filha) com cartas nas mãos. Foto: Arlen Cezar/Missão Ushuaia. 

Veja fotos da elaboração de cartas para os refugiados venezuelanos que estão em Roraima, feitas pelos estudantes do Colégio Público Modelo Luis Eduardo Magalhães de Jequié/BA, e atividades da Missão Ushuaia em Roraima.



Estudantes baianos de Jequié enviam cartas para refugiados venezuelanos em Roraima.



Estudantes utilizaram envelopes coloridos, mensagens de motivação e 
muita criatividade na construção das cartas.

Os alunos do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães do município de Jequié, no sudoeste do estado da Bahia, participaram de atividades de solidariedade, integração e exercício da cidadania Mercosul, quinta-feira, 17, como parte das ações culturais e humanitárias da “Missão Ushuaia, Venezuela”, os estudantes escreveram cartas, gravaram entrevistas refletindo sobre o drama vivido pelos refugiados venezuelanos que estão em Roraima. 

Ações da missão no colégio foram supervisionadas pelas professoras, Ângela Eça, Claudineia Nascimento e Lina Mara Matos. Mais de 200 cartas foram escritas pelos estudantes. 

A entrega das cartas será feita de 21 a 28 de maio, pelo idealizador da missão, o documentarista baiano Dado Galvão, juntamente ao fotógrafo e ativista paraibano Arlen Cezar e o jornalista venezuelano Carlos Javier. 

Cartão criado pela estudante Thaianna Pinheiro. "O Brasil te abraça!"

No final de novembro de 2015, Galvão enviou por correio postal uma bandeira do Mercosul, para Javier, que colhe assinaturas e mensagens na bandeira por todo território da Venezuela, além de cartas que serão entregues aos parlamentares e autoridades dos países membros do Mercosul, em data ainda a ser definida. 

Em Roraima os imigrantes e refugiados venezuelanos também serão incentivados a escrever cartas e registrarem mensagens na bandeira abaixo-assinado do MERCOSUL, que será levada para Roraima, pelo venezuelano Javier. Toda a ação fará parte de um documentário.

Estudante Renata Teixeira, coloriu o envelope e escreveu sobre a valorização 
do ser humano no contexto dos Direitos Humanos. 

Tramita no PARLASUL, projeto do parlamentar argentino Humberto Benedetto, que declara Missão Ushuaia, de interesse cultural e humanitário. Saiba mais sobre Missão Ushuaia no endereço eletrônico: www.MissaoUshuaia.org