"Vou à Bahia porque, se alguém fez o impossível para eu sair do país, foi Dado Galvão. Desde que filmou uma entrevista comigo em Havana, ele tem sido incansável. Mesmo quando me faltava esperança, ele a mantinha" YOANI SÁNCHEZ - FOLHA DE SÃO PAULO

CHEGA DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE SERES HUMANOS.


 “Bahia registra maior número de mortes violentas no país”. 
(BOCÃO NEWS, 08/10/2015) 

“Bahia lidera número de assassinatos no Brasil, indica pesquisa divulgada 
pelo Ministério da Justiça”. (R7, 15/10/2015) 

"O número de homicídios não para de crescer em Jequié". 
(JEQUIÉ E REGIÃO, 13/10/2015) 

“Jequié: 70 homicídios, Desde janeiro, número não para de crescer na cidade”. 
(BLOG MARCOS FRAHM, 14/10/2015) 

PERFORMANCE:

Dia 1 de novembro do ano em curso, véspera do feriado de finados, escolhemos pedalar (Dado Galvão, Ioná Souza Paulo Cesar Fernandes), em direção ao cemitério do bairro “Curral Novo”, área carente de Jequié, cidade localizada no sudoeste baiano com aproximadamente 160 mil habitantes.

A ideia era fotografar bikes e ciclistas no ambiente do cemitério, onde a plaquinha fixada na Bike de Galvão, com a mensagem, “CHEGA DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE SERES HUMANOS”, aparece em evidência nas fotos, para alertar que vidas estão sendo ceifadas precocemente.

Bicicletas são consideradas o veiculo do futuro, ferramenta que potencializa, traz inúmeros benefícios para a vida do ser humano de qualquer idade que se dispõe a pedalar.

Na performance (fotos) uma reflexão, provocação: veículos do futuro, ciclistas no recinto onde se enterram e guardam os mortos.

Segundo “seu Carlos”, administrador do cemitério do “Curral Novo”, com seus mais de trinta anos na profissão, aparece em uma das fotos (apontando o dedo), “nunca enterrei tantos jovens como agora”

“Quando eu vejo um adulto em uma bicicleta, eu não perco a esperança na raça humana”. (Herbert George Wells, escritor britânico) 


Fotos: Dado Galvão (documentarista)
Ciclistas: Ioná Souza (estudante), Paulo César (eletricista).